Dados da Previdência Social apontam que entre os anos de 2011 e 2022 foram registrados mais de sete milhões e 500 mil acidentes de trabalho no Brasil. Os homens são a maioria das vítimas, mais de cinco milhões destes acidentes afetaram trabalhadores do sexo masculino. Pouco mais de dois milhões de 400 mil registros são de acidentes que vitimaram mulheres, segundo o levantamento.
Durante entrevista à Radio ISFM 100.7, a coordenadora da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho do Sistema Confea/Crea, Márcia Luiza Pereira dos Santos, destacou a importância de investir na prevenção. “Nós temos que entender que segurança do trabalho é investimento. A prevenção em segurança do trabalho de acidentes e doenças ocupacionais é um investimento para as empresas. E com isso nós podemos evitar acidentes, doenças ocupacionais e suas consequências e impactos, tanto para o trabalhador, quanto para a sociedade em geral e até para a economia”, completou a especialista.
Para disseminar e conscientizar empregadores, trabalhadores e toda a população sobre a implantação de ações de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, neste mês são realizadas ações em alusão ao “Abril Verde”, mês de conscientização sobre o tema. No dia 28 de abril é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho.
Ainda de acordo com a coordenadora da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho do Confea, Márcia Luiza Pereira dos Santos, é preciso que o tema receba uma regulamentação específica para que haja mais conscientização nos locais de trabalho. "Nós precisamos trabalhar para que a segurança do trabalho, a prevenção de acidentes e doenças do trabalho sejam de cima para baixo implementados como política de segurança. Políticas públicas, como a gente tem saúde da mulher e outras, e isso seja entendido e viabilizado em termos governamentais como política pública”, classificou a coordenadora.
Para Maria, a implementação desta política pública é um desafio, mas é preciso movimentar, pois só com poder de lei haverá mudanças relevantes nos números de acidentes de trabalho no Brasil. “Quando nós temos uma diretriz a ter que seguir isso fica menos complicado para o empregador. Essa consciência política regulamentada vai tornar um pouco mais fácil para as organizações”.
Confira a íntegra da entrevista:
Fonte: Confea