Na semana passada, foi divulgado um edital no valor de R$ 100 milhões para apoiar projetos que promovam o ingresso, a formação e a permanência de meninas e mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. Esta iniciativa é fruto da colaboração entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério das Mulheres e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação já está aberta e tem como público-alvo estudantes do sexo feminino matriculadas no oitavo e no nono ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio em escolas públicas e em cursos de graduação nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e na Computação. As propostas poderão ser apresentadas até 29 de abril deste ano.
“Vai ter mais mulheres na ciência sim. O nosso compromisso e vontade política é que as mulheres sejam de fato protagonistas da sua história”, afirmou a ministra Luciana Santos. Segundo ela, o edital é mais uma política do MCTI de enfrentamento à superação da desigualdade de gênero, a exemplo dos programas Futuras Cientistas e Mulheres Inovadoras. “Não podemos nos conformar que 60% das carreiras de iniciação científica são das mulheres, mas no topo da carreira só 35% alcançam as bolsas de produtividade”, lembrou.
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, um dos desafios do país é fazer com que as mulheres ocupem espaço em setores como a ciência. “Esse edital é a garantia de que nós, de fato, vamos estar em um lugar que nunca nos permitiram, nem na matemática, nem na física, nem na Lua. O nosso lugar é na política, mas também na ciência e nos espaços de poder”, reforçou.
Já o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, destacou a importância da oportunidade para as mulheres. “Não deixem que incutam nunca em vocês, meninas e jovens, o medo do conhecimento. O Brasil precisa da contribuição de vocês para o nosso progresso”, afirmou.
Equidade
Os projetos apoiados pela chamada pública deverão ser executados por meio de redes formadas por, pelo menos, três pesquisadores, preferencialmente mulheres, vinculados a diferentes tipos de instituições. Cada projeto poderá solicitar, no máximo, R$ 1 milhão. As linhas incluem projetos em rede nacional, em rede regional e individual.
Fonte: Confea