Abenge realiza Fórum de Gestores de Instituição de Educação em Engenharia

A Associação Brasileira de Educação em Engenharia – Abenge promove nos dias 29 e 30 de novembro, na Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), o XI Fórum de Gestores das Instituições de Educação em Engenharia. Em formato presencial, o evento tem a expectativa de reunir até 150 participantes, entre pesquisadores da área e dirigentes das instituições que dispõem de cursos de engenharia, como reitores, vice-reitores, diretores, coordenadores de curso, diretores de unidades, colegiados e membros dos núcleos docentes estruturantes, compostos por professores que representam as diversas áreas dos cursos. 

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Segundo o presidente da Abenge, eng. civ. Vanderli Fava, até 2019, foram realizados 10 fóruns anualmente. “E agora, retomamos e vai voltar a ser anual”, diz. Em debate, questões relacionadas a currículo do curso, estágios, inovações nos cursos e ao exercício profissional. “O Sistema está sempre presente. Teremos dois momentos, o (conselheiro federal eng. agr. Luiz) Lucchesi na abertura e em uma discussão sobre atualização da Lei 5.194. Ele também falará sobre a atuação da Ceap (Comissão de Educação e Atribuição Profissional, coordenada pelo conselheiro), abordando as atribuições profissionais em função das novas diretrizes curriculares nacionais”, diz, informando que haverá também uma mesa dedicada à acreditação de cursos e à certificação profissional com a participação do conselheiro federal eng. eletric. Jorge Bitencourt. “Tem sido um assunto debatido no Cden e com propostas tramitando no plenário, além de ter sido discutido em duas grandes palestras durante a Soea”, comenta Vanderli, também coordenador do Colégio de Entidades Nacionais (Cden).

Apoio fundamental
O apoio institucional do Confea ao Fórum é de R$ 30 mil. “Essa participação do Confea, visando a melhor difusão do aperfeiçoamento profissional e da defesa da sociedade, como se tornou praxe nos eventos apoiados pela gestão, aproxima as atividades do Sistema, por meio de publicações e de esclarecimentos por parte do corpo funcional presente aos eventos. Dessa maneira, estamos mostrando para os profissionais, estudantes e toda a sociedade a importância da nossa atuação, valorizando a prestação de serviços de fiscalização profissional e ainda proporcionando um congraçamento permanente junto aos profissionais, que fortalecem a nossa marca com a sua presença e acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas entidades que formam o Sistema”, diz o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, considerando ainda que “os temas que serão tratados no Fórum solidificam a atuação profissional”.

Presidente da Abenge e coordenador do Cden, eng. civ. Vanderli Fava: propostas para a educação nas engenharias em debate no fórum da entidade
Presidente da Abenge e coordenador do Cden, eng. civ. Vanderli Fava: propostas para a educação nas engenharias em debate no fórum da entidade

 

Para o presidente da Abenge e coordenador do Cden, o apoio institucional do Confea “é fundamental porque a fonte de recursos da Abenge é apenas o nosso Congresso. Sem patrocínio, temos dificuldade de organizar o fórum. Esse estande ajuda a viabilizar uma importante discussão para a engenharia nesse momento, voltada para ações do ano que vem, tanto em relação aos assuntos tratados pela Comissão Nacional, como para mudar o presencial e o EaD”, diz, destacando também o apoio da UnB. 

Confira a programação do XI Fórum de Gestores de Instituições de Educação em Engenharia 

Novas DCNs, extensão e processo híbrido
A implantação das Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para as Engenharias, a curricularização da extensão e o processo híbrido de ensino-aprendizagem, formatado por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE) são outros pontos destacados pelo presidente da Abenge. 

Sobre o primeiro ponto, o coordenador do Cden lembra que a perspectiva do sistema de ensino em Engenharia irá mudar, de uma formação voltada exclusivamente para os conteúdos, para atribuições reconhecidas por meio de currículos baseados em desenvolvimento de competências.

“O conselheiro Bitencourt e o superintendente de Integração do Sistema, eng. civ. Osmar Barros Júnior, participam da Comissão Nacional de Implantação das DCNs, formada também por representantes da CNI, da Abenge e do CNE, para levar como fazer atribuição profissional a partir dessas competências. Antes, o conteúdo era entendido apenas como conhecimento. Pela competência, ele é conhecimento, habilidades e atitudes. Assim, é preciso saber e saber o que se pode fazer com o que aprendeu. Esperamos que isso seja disponibilizado a partir do uso das melhores tecnologias de maneira estruturada, não fazendo só grades. Estamos discutindo isso desde 2017, e o Confea participa de todas as discussões, vislumbrando a possibilidade de melhoria. O Confea faz a fiscalização do exercício profissional e constata que é preciso melhorar a qualidade da formação. O Sistema está bastante preocupado com a questão do desenvolvimento tecnológico do país”, acrescenta Vanderli Fava. 

Quanto à curricularização da extensão, ele explica que, a partir de 2023, todos os cursos universitários do país vão ter que dedicar pelo menos 10% da sua carga horária à extensão. “A extensão também vai gerar atribuição profissional”, afirma o presidente da Abenge.


Outra novidade a ser tratada durante o Fórum é a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), “em vias de homologação pelo Ministério da Educação”, que substitui as modalidades de ensino a distância e ensino presencial pelo processo híbrido de ensino e aprendizagem. “As instituições vão elaborar currículos descrevendo o que deve ser presencial e a distância para ser submetido à avaliação do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) antes de implantar, já dentro desta perspectiva das atribuições por competência”, considera, informando que a Abenge apoia a medida. 

“Com a pandemia, muitas instituições fizeram isso. Isso vem sendo discutido há muito tempo, considerando a importância da qualidade, tanto do EaD, como do presencial, conforme o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – Enade e o Conceito Preliminar de Curso – CPC do Inep. Então, o processo híbrido pressupõe ter um projeto detalhado das metodologias que serão utilizadas, baseado em aprendizagem ativa, e pode substituir com vantagens as modalidades atualmente praticadas”, sustenta Vanderli.

Fonte: Confea