A nova edição do projeto “Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento”, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), foi oficialmente lançada na manhã desta segunda-feira (6/3), durante evento na sede do SEESP, na capital paulista.
A mesa de honra foi composta pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o presidente do SEESP e da FNE, Murilo Pinheiro, o vice-governador do Estado de Alagoas, Ronaldo Lessa, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania), o deputado estadual de São Paulo Campos Machado (Avante), o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, William Campos, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Chico Macena, o deputado estadual Edson Giriboni, o vereador do estado de SP, Eliseu Gabriel (PSB), a presidente do Crea-DF, Fátima có, o presidente da Mútua Nacional, Francisco Almeida, o presidente da União Geral dos Trabalhadores(UGT), Ricardo Patah.
A presidente do Crea-DF, participou ao lado de autoridades e lideranças, de discussões que colocam em pauta a necessidade urgente de dar prioridade à retomada do desenvolvimento nacional, estimulando a produção e geração de empregos de qualidade reafirmando o papel da engenharia no processo de crescimento do país.
Lideranças políticas, da engenharia e do mundo do trabalho estiveram presente na abertura do evento que apresentou ao público geral a revista técnica intitulada como “Hora de avançar”, com propostas para uma nação soberana, próspera e com justiça social.
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Familiarizado à casa que frequentou em diversos debates quando ocupava a cadeira de governador do Estado de São Paulo, Alckmin iniciou sua fala destacando as consequências de um mundo desigual, com aumento da pobreza e da migração ocasionada pela busca de uma vida melhor. “Desenvolvimento inclusivo, sustentabilidade e estabilidade, esse é o nosso desafio”, frisou.
Para isso, destacou a importância de áreas como educação, citando a necessidade de trabalhar a educação básica de qualidade e o plano do governo federal de ampliar o ensino integral e técnico; e a de pesquisa e desenvolvimento.
“O Brasil tem uma indústria aeronáutica de ponta”, referiu-se à Embraer o vice-presidente. Para avançar no campo industrial, em suas palavras, a atuação da “engenharia, pesquisa e desenvolvimento é central”.
Parlamentares discutem sobre rumo da engenharia
“A gente fala muito em crescimento, mas estamos numa fase ruim para a engenharia”, afirmou o vice-governador do Estado de Alagoas, Ronaldo Lessa. Para ele, o desenvolvimento passa pela reforma tributária: “é fundamental fazer justiça social. A gente não vai dar o salto que a gente quer se apenas imaginarmos que com engenharia e tecnologia vamos responder a todos os desafios como se fosse mágica”, declarou.
Sob essa ótica, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania) defendeu a importância de uma política econômica que combine equilíbrio fiscal com distribuição de renda. E elogiou a iniciativa: “o Cresce Brasil é extremamente oportuno”.
“Se dá muito pouco valor a engenharia. O que aconteceu no litoral norte, todos estão preocupados agora. Tinha que ter obras, trabalho de engenheiro. Agora os engenheiros são lembrados”, criticou o deputado estadual de São Paulo Campos Machado (Avante). O projeto Cresce Brasil, conforme destacou, resgata o protagonismo da engenharia. “Hoje começamos a viver um novo sonho”, enfatizou.
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, William Campos, igualmente ressaltou em sua fala a importância da engenharia para o crescimento e desenvolvimento do Brasil, mas abrangendo o campo social e político. “Vamos reconstruir esse país”, vislumbrou.
Igualdade e protagonismo
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Chico Macena, recordou que as mulheres na engenharia ainda são minoria, mas que isso não é uma exclusividade do ramo, “é uma realidade de quase todas as áreas no País”. Segundo o secretário, o governo federal divulgará nos próximos dias uma série de iniciativas para equilibrar a participação das profissionais no mercado. “Que a gente possa proporcionar empregos de qualidade para todo o povo brasileiro. Que a gente possa promover a igualdade entre os gêneros”, frisou.
Para o deputado federal Carlos Zarattini (PT), o novo “Cresce Brasil” acerta ao defender uma nação soberana com justiça social. “Nós precisamos avançar, mas não crescer para aumentar a riqueza daqueles poucos que concentram a renda nacional, crescer para que essa renda seja distribuída para um maior número de pessoas”, disse.
Ele citou como exemplo a Petrobras, que apresentou lucro de R$ 188 bilhões em um ano, “o segundo maior lucro do mundo”, segundo o deputado, que foi divido entre os acionistas, sem gerar retorno ao Brasil. “Nós queremos uma Petrobras que garanta energia para o povo brasileiro e garanta preços justos”, defendeu Zarattini.
Empresas como alavancas do desenvolvimento pautaram as falas do evento. O vereador Eliseu Gabriel (PSB) questionou a intenção do governo do estado em privatizar a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), o que taxou como algo “na contramão do mundo”. Em sua visão, o crescimento do País depende do protagonismo do Estado, sobretudo com investimento. “Temos agora uma grande esperança de que a gente consiga uma correlação de forças políticas para fazer o Brasil crescer novamente”, afirmou.
Já a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), Fátima Có, exaltou em sua fala a valorização da engenharia, “presente em todas as atividades do dia a dia”. Representando as mulheres na profissão, especialmente neste mês de março em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher – 8 de Março –, Fátima resgatou sua história e atuação, sendo ela a primeira mulher a ter assumido a presidência do Crea-DF, em 1997. Ainda ressaltou e parabenizou a FNE, entidade por pesquisa mais conhecida no Brasil quando se fala em engenharia, dando visibilidade a temas da engenharia por vezes invisíveis para a sociedade.
“É um mês para a gente refletir tudo aquilo que as mulheres passam e passaram para a gente poder estar em cargos de poder [...] a gente ainda precisa ver que mesmo nesse século a gente precisa avançar nesses espaços”, considerou a deputada federal Juliana Cardoso (PT).
Mãos à obra
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), também marcou presença no lançamento do “Cresce Brasil” e destacou a oportunidade de “unificação de todas as forças da sociedade” para contribuir a um País melhor.
“A inovação não tem sentido se não for para o benefício das pessoas [...] as universidades estão de portas abertas ao chamado que faz o Cresce Brasil”, concordou Marco Tullio, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Nessa mesma linha de unir forças, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB) enfatizou as barreiras de burocracias impostas para conclusão de obras paradas. “Sem engenharia o desenvolvimento não acontece”, atestou o presidente da Mútua, Francisco Almeida.
“[O Cresce Brasil] é lançado neste dia num momento em que o Brasil volta a discutir para onde caminhar, que tipo de Brasil nós queremos”, ressaltou o deputado estadual Simão Pedro (PT), parabenizando a iniciativa.
“Nós temos que estar unidos, trabalhar na mesma direção. É só dessa forma que conseguiremos fazer um Brasil forte, justo”, ponderou o presidente do SEESP e da FNE, Murilo Pinheiro.
Fonte: SEESP