Pesquisa da UEMA é publicada na maior organização profissional do mundo de tecnologia em benefício da humanidade

Produzido pela egressa do Programa de Pós-Graduação de Engenharia da Computação e Sistemas (PECS/UEMA), eng. civ. Amanda Beatriz C. dos Santos e coorientado pelo professor eng. eletric. Leonardo Gonsioroski, coordenador do Grupo de Estudos em Tecnologias da Informação e Comunicações (Geticon) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o artigo Advanced ISDB-T—Next Generation Digital TV System: Performance in Field Tests in Brazil, sobre o desempenho de testes em campo sobre próxima geração do sistema digital de TV com tecnologia produzida pela NHK, organização nacional de radiodifusão pública do Japão, foi publicado no início deste ano no mais importante periódico de Broadcasting do mundo, o IEEE Transactions Broadcasting.

O sistema ISDB-T Avançado é uma das tecnologias avaliadas pelo Projeto 3.0 do Ministério das Comunicações que irá definir o próximo padrão de sistema de TV Digital brasileiro. Representando a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e o próprio estado mundo afora, Amanda e o professor Leonardo fazem parte do grupo de pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento do próximo padrão de TV Digital Brasileiro (Projeto TV 3.0) do Ministério das Comunicações e do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).

Eng. civ. Amanda Beatriz C. dos Santos é uma das participantes do Projeto TV 3.0
Eng. civ. Amanda Beatriz C. dos Santos é uma das participantes do Projeto TV 3.0

 

“A TV Digital é provavelmente a plataforma mais econômica para informar, educar e entreter pessoas em todo o mundo. Os serviços oferecidos são importantes para informar o público sobre notícias e informações que afetam suas vidas, além de ser um meio de entretenimento”, conta o professor. 

“Com a contínua evolução tecnológica dos sistemas de comunicação sem fio e o rápido crescimento da internet, um cenário de mídia diversificado e uma grande variedade de serviços mudaram o cotidiano e as expectativas dos usuários, que se tornaram mais exigentes. Desta forma, as emissoras de TV estão sob crescente pressão em vários aspectos, tais como produzir conteúdo diversificado em um mesmo canal, melhorar a experiência do telespectador com áudio e vídeo de maior qualidade, permitir a recepção móvel com melhor definição e promover serviços interativos e personalizados”, explica o explica o professor Leonardo Gonsioroski.

Amanda explica que a nova tecnologia de TV Digital busca dar uma experiência para o usuário semelhante ao que se tem hoje em um smartphone, tablet ou computador. “A futura TV Digital passará a ser orientada a aplicações e o usuário navegará por hoje aplicativos e não mais por canais de TV. Cada emissora terá sua aplicação na TV, que será a porta de entrada para o seu conteúdo. O usuário poderá assistir a múltiplas emissoras ao mesmo tempo.

Uma outra novidade apresentada pelo projeto, é que a interface do usuário com o aparelho de TV deixará de ser limitada ao uso do controle remoto e poderá ser feita por reconhecimento de voz e de gestos, ou seja, apenas apontando para a tela da TV e verbalizando a ordem do que se quer fazer, os comandos serão atendidos pelo aparelho.

“A acessibilidade também será aprimorada e irá além da utilização dos Captions (aquelas legendas em tempo quase real que aparecem nos televisores), a partir da chegada da TV 3.0, o usuário terá a opção de assistir ao seu conteúdo com o apoio da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS).”, informa a estudante. 

Para Amanda, a experiência ser uma das cientistas no projeto começa por poder desenvolver sua tese de doutorado, além da honra de carregar a representação feminina no processo de transformação digital no país sendo liderado por uma mulher, a coordenadora do projeto, Natália Fernandes da UFF, instituição que a convidou para participar.

“Participo de uma equipe que tem muitas mulheres que estão fazendo um trabalho fantástico à frente deste projeto. Temos ainda as Professoras Leni Matos e Dianne Medeiros, ambas da UFF também. É muito importante esse espaço que está sendo dado pelo Fórum para que mulheres pesquisadoras tenham um papel de destaque para a concretização de um projeto de tamanho impacto na sociedade, socialmente e economicamente falando”, afirma Amanda. 

Os pesquisadores da UEMA fazem parte do grupo de trabalho responsável pela avaliação da Camada Física das tecnologias, cujos trabalhos são coordenados pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que iniciará a nova etapa de testes no segundo semestre de 2023. 

“Tenho que agradecer demais ao professor Leonardo Gonsioroski que me deu essa oportunidade de dentre tantos bons alunos do PECS me indicar para ser aluna de doutorado da PUC-Rio e ao professor Luiz da Silva Mello, pela confiança depositada em mim”, finaliza Amanda. 

Fonte: Confea