Em reunião de diretoria festiva desta terça-feira (25), o Sinduscon-DF apresentou alguns dados que estarão presentes no Boletim Econômico da Construção Civil, elaborado em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF/Codeplan). Na oportunidade, um outro estudo, relacionado ao perfil do ocupado na construção na Área Metropolitana de Brasília em 2021 também foi apresentado.
O boletim Sinduscon-DF/IPEDF terá como objetivo apresentar as principais características do setor da construção civil do Distrito Federal, como características da atividade econômica do setor, índices de confiança, variação de preço, evolução nas contratações, entre outros. A economista do Sinduscon-DF, Gabriela Martins, mostrou alguns dos dados que estarão contemplados no documento, que está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2023. “Os dados apresentados serão de suma importância para o melhor conhecimento do setor e para mensurar a importância do mesmo na economia regional e nacional”, afirmou a economista.
Em seguida, a diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Clarissa Schlabitz, apresentou o perfil do ocupado na construção na área metropolitana de Brasília em 2021. A pesquisa trouxe as principais características dos trabalhadores na construção na capital do país, que residem na periferia metropolitana do DF, composta pelos 12 municípios que compreendem o Entorno do DF.
Segundo o estudo, em 2021, a população ocupada do DF foi estimada em 1,35 milhão de pessoas. Deste número, 78,9 mil realizavam atividades relacionadas ao setor da construção civil, representando 5,8% dos ocupados na capital.
Com relação aos moradores da periferia metropolitana do DF, no mesmo período, a área alcançou 64,2 mil pessoas, representando 12,8% do total da população ocupada nesses municípios, o que indica que uma a cada dez pessoas ocupadas trabalham na construção civil.
Quanto ao perfil sociodemográfico, cerca de 75,1 mil (95,3%) dos trabalhadores do setor da construção civil em 2021 eram do sexo masculino. As mulheres somavam 4,7%, ou seja, 3,7 mil. A predominância masculina nas ocupações é mais intensa na construção que nos demais segmentos produtivos da capital federal, onde os homens representaram 45,749,6% das ocupações de 2021.
Na área da periferia metropolitana, dos 64,2 mil trabalhadores da construção civil, estima-se que 63,2 mil (98,5%) são homens. Apesar da diferença significativa, há um potencial de crescimento e inserção feminina na área.
Em relação à raça/cor, as pessoas que se declararam negras apresentaram uma participação acima da média no DF, com 81,90% e na periferia metropolitana é de 88,9%.
“O estudo mostra, de um lado, que o setor tem grande relevância no mercado de trabalho, empregando quase 6% dos ocupados do DF e 12% da PMB. De outro lado, a construção apresenta grande informalidade ocupacional, colocando seus ocupados em uma situação de maior vulnerabilidade. Diante desse retrato, há espaço para aprimorar o mercado de trabalho da construção, fortalecendo ainda mais seu papel estratégico na geração de emprego em renda da região", explicou Clarissa.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF